Tribunal britânico autoriza extradição de Assange para os EUA

Julian Assange (ARQUIVO 2011)
Julian Assange (ARQUIVO 2011) Direitos de autor Lefteris Pitarakis/AP
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Tribunal superior britânico abre a porta o julgamento do fundador da Wikileaks nos Estados Unidos. Defesa já anunciou que vai recorrer da decisão

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Julian Assange mais perto de ser extraditado para os Estados Unidos (EUA). Um tribunal de recurso britânico aceitou as garantias da justiça norte-americana para julgar o fundador da WikiLieaks por espionagem.

A decisão anula a sentença anterior, decidida em janeiro, que recusava a extradição por considerar a saúde mental do fundador do WikiLeaks demasiado frágil para resistir ao sistema criminal dos Estados Unidos.

A autorização de saída terá ainda de ser assinada pelo Ministro britânico do Interior, mas a defesa já manifestou intenção de recorrer da decisão.

"Vamos lutar! Cada geração tem uma luta épica a travar e esta é a nossa. Julian representa os fundamentos do que é viver numa sociedade livre, ter liberdade de imprensa, do que significa para os jornalistas trabalhar sem ter medo de passar o resto da vida na prisão," declarou Stella Morris, companheira de Assange à porta do tribunal, classificando a decisão como perigosa, enganadora e um "grave erro judiciário".

Assange, 50 anos, está detido na prisão de alta segurança de Belmarsh, em Londres. Na origem da detenção está a publicaçãode documentos militares secretos. O tribunal ordenou que permanecesse sob custódia até ao resultado do processo de extradição.

Garantias dos EUA

As autoridades norte-americanas asseguraram aos juízes britânicos que, se Assange fosse extraditado para ser processado, seria elegível para cumprir pena de prisão nos EUA ou até no seu país de origem, a Austrália. Também declararam que não seria detido na prisão de maior segurança dos Estados Unidos, no Colorado.

Os EUA acusam Assange de 17 acusações de espionagem e uma acusação de uso indevido de computadores por causa da publicação pela WikiLeaks de milhares de documentos militares e diplomáticos, há cerca de uma década.

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