Newsletter Boletim informativo Events Eventos Podcasts Vídeos Africanews
Loader
Encontra-nos
Publicidade

Milhares protestaram em Bruxelas contra fecho de cinemas e teatros

Milhares protestaram em Bruxelas contra fecho de cinemas e teatros
Direitos de autor  AP Photo
Direitos de autor AP Photo
De Fátima Valente
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notícia Comentários
Partilhe esta notícia Close Button
Copiar/colar o link embed do vídeo: Copy to clipboard Copied

A imposição do Governo belga de encerrar salas de espectáculo, cinemas e teatros para tentar conter a propagação da Ómicron, a nova variante da COVID-19 foi recebida com protestos. Milhares manifestaram-se debaixo de chuva, outros foram ao cinema para contestar as novas regras.

PUBLICIDADE

Milhares de artistas, operadores de cinema e organizadores de eventos manifestaram-se este Domingo, em Bruxelas, para protestar contra o encerramento obrigatório dos espaços culturais, uma medida defendida pelo Governo para conter a rápida transmissão da Ómicron, a nova variante da COVID-19. O protesto decorreu de forma pacífica, debaixo de chuva intensa. 

Os organizadores do protesto estimaram o número de participantes entre 10.000 a 15.000, enquanto as autoridades reportaram um total de 5.000 manifestantes.

Na capital belga vários cinemas e teatros anunciaram que não vão cumprir as regras, argumentando que já demonstraram que os espaços são seguros para o público.

Marles, uma estudante de cinema que participou no protesto, no Mont des Arts, considera que os eventos culturais ajudam a resistir à pandemia e por isso está contra a imposição do Governo: "A cultura dá-me alegria, dá-me esperança, e agora nestes tempos desesperantes, até isso me tiram.... por isso, estou mesmo triste que isto esteja a acontecer. É por isso que estou aqui".

Também Michael de Kok, director artístico do Teatro Real Flamengo, destaca a mais-valia da cultura para o bem-estar da população.

A Cultura é muito importante, ajuda sempre, é uma actividade económica, mas também precisamos dela para a nossa saúde mental. É a única forma de as pessoas viverem experiências, de contar histórias. É fundamental abrirmo-nos nestes tempos complexos
Michael de Kok
Director artístico do Teatro Real Flamengo

Apesar da ordem de encerramento, no Domingo os cinemas mantiveram-se abertos, assim como os teatros e outros espaços culturais, que ignoraram as novas restrições mais apertadas com o objectivo de conter a propagação da nova variante da COVID-19.

Milhares de pessoas manifestaram-se de forma pacífica debaixo de chuva, outros optaram por uma ida ao cinema como forma de protesto.

As novas medidas para o sector cultural na Bélgica entram em vigor depois de, nas últimas semanas, o país ter registado um declínio nos internamentos. Não obstante, o Governo belga justifica as restrições com a prevenção face à disseminação da Ómicron.

A polícia informou que não pretende levar a cabo controlos sistemáticos nos cinemas no município de Bruxelas e Elsene, que no Domingo desafiaram as regras e mantiveram-se abertos.

Ilse Van de Keere, da polícia de Bruxelas, disse que as autoridades não t|em tempo para verificar se as regras estão a ser cumpridas nos cinemas: “Já temos de supervisionar as manifestações levadas a cabo pelo sector cultural”.

Ir para os atalhos de acessibilidade
Partilhe esta notícia Comentários

Notícias relacionadas

Do luxo ao lixo. Salas de cinema lutam pela sobrevivência em Marrocos

Variante Ómicron propaga-se a grande velocidade

Bélgica aperta o cerco sanitário