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A desilusão depois do Brexit

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De LUKE HANRAHAN
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Setores que dependem das exportações e mão-de-obra estrangeira lamentam prejuízos

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O governo britânico diz que a seu tempo, os benefícios do Brexit serão sentidos por todos. Mas na maioria dos setores, e por todo o país, repetem-se as queixas e a desilusão.

Dave pertence a uma família de pescadores. Acreditava que fazia parte de um setor chave para enfrentar os desafios do Brexit. Sempre dependeu das exportações e agora luta com o desconhecido. “Eles sempre disseram: os pescadores vão ter melhores vidas, vão ter mais peixe e podem pescar em mais águas. E penso que isso fez com que muita gente votasse a favor do Brexit, mas não funcionou”, lamenta o pescador.

Por seu lado, Simon Spurrell, um produtor de queijo, conta que já não tem clientes europeus e que perdeu um quarto do negócio em 2021. "Foi-nos prometido um acordo sem fricções, que o comércio continuaria exatamente como antes e foi tudo uma completa mentira. O que estamos a ver é o oposto total e absoluto”, afirma.

Quem depende da liberdade de circulação tem muitas queixas. Kevin Haynes, um agricultor de Daffodil, costumava ter cerca de 150 trabalhadores e agora tem cerca de 25.

A quinta de Julian Marks deixou perto de um milhão de toneladas de curgetes apodrecer, à medida que a mão-de-obra desapareceu. Diz que a restrição à livre circulação teve “um impacto devastador, não apenas na horticultura ou agricultura, mas em praticamente todos os setores”.

Para os suinicultores, o problema é falta de talhos para onde enviar a carne. Sophie Hope fala de uma “luta” diária. Conta que tem muitos porcos e que “não há outros sítios para os enviar “.

Para a hotelaria e para o turismo, áreas que contavam com pessoal europeu a tempo inteiro, os últimos 12 meses foram "difíceis do princípio ao fim". No hotel “The Rubens At the Palace”, ao lado do palácio de Buckingham, os clientes afastaram-se por falta de pessoal. Malcolm Hendry, diretor do hotel, sublinha a dificuldade de conseguir colaboradores quando já não é possível recrutar em toda e Europa.

Para Asma Khan, dona de um restaurante, a experiência tem sido “traumática” por causa da “absoluta escassez de pessoal”.

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