Cresce a tensão entre Moscovo e Kiev, quando se teme uma invasão. Negociações entre a Rússia e a NATO foram infrutíferas.
O governo da Ucrânia diz ter pistas de que a Rússia esteve por detrás do ciberataque que deitou abaixo vários sites governamentais, numa altura em que a tensão entre os dois países aumenta. Cerca de setenta sites foram visados pelo ataque que, para as autoridades de Kiev, tem a marca dos piratas informáticos que trabalham a soldo da Rússia.
Viktor Zhora, vice-presidente do Centro de Comunicações Especiais do Estado Ucraniano, diz que "há alguns sinais e alguma informação que leva às técnicas usadas pela Federação Russa e o país está a ser agredido".
Face a este ciberataque, a União Europeia prometeu ajuda de emergência. Depois de um encontro informal de ministros dos Negócios Estrangeiros do bloco, o alto representante da política externa Josep Borrell disse que Bruxelas vai mobilizar todos os recursos para ajudar a Ucrânia.
Afirmou: "Estamos a viver um ponto de viragem importante e a União Europeia está pronta a responder a qualquer agressão, mas a via preferível é a do diálogo e das negociações".
Numa altura em que aumentam os medos de uma invasão russa da Ucrânia, a NATO reuniu-se na semana passada com as autoridades russas, sem que tenha sido possível chegar a um acordo sobre a situação na fronteira.