O ex-presidente da Ucrânia fica em liberdade, mas não pode deixar o país, foi a decisão do juiz, no caso em que está acusado de alta traição
O ex-presidente da Ucrânia, Petro Porshenko, acusado de alta traição, vai ficar em liberdade.
No final da audiência desta quarta-feira, o juiz não atendeu ao requisito do ministério público que pedia uma caução de 15 milhões de hryvnias, mais de 530 mil euros.
Poroshenko está, no entanto, impedido de deixar o país e foi obrigado a entregar o passaporte.
O ex-presidente e os apoiantes do seu partido celebraram a decisão do juiz e cantaram mesmo o hino nacional na sala de audiências.
Poroshenko, que esteve um mês fora da Ucrânia e regressou no dia em que compareceu em tribunal, fala de perseguição política e acusa o atual presidente, Volodymyr Zelensky de querer libertar-se de um rival político.
Os investigadores do caso suspeitam que Poroshenko foi facilitador num negócio de um magnata russo, amigo de Vladimir Putin, de compra de carvão a empresas situadas no leste da Ucrânia, nas mãos de separatistas pro-russos.
O ministério público alega que foram utilizados fundos do estado para financiar os separatistas e acusa-o de alta traição, um crime passível de até 15 anos de prisão.
Enquanto presidente da Ucrânia, o multimilionário Petro Poroshenko aproximou o país do ocidente, tinha péssimas relações com Putin e dirigiu o país no pico do conflito.
Atualmente está citado em diversos processos judiciais na Ucrânia.