Praias no Peru em estado de emergência ambiental após derramamento de crude

Limpeza do crude derramado na costa do Peru
Limpeza do crude derramado na costa do Peru   -  Direitos de autor  CARLOS REYES/AFP or licensors
De  Euronews  com Agências

Cerca de um milhão de litros de petróleo foram derramados na costa peruana, depois de um petroleiro ter sido atingido por fortes ondas, na sequência do tsunami em Tonga.

No Peru, os fatos de macaco substituíram os tradicionais trajes de banho que por esta altura se costumavam ver na estância balnear de Miramar. Na zona costeira, 21 praias estarão sobestado de emergência ambiental nos próximos três meses, devido à maré negra que há uma semana inunda o país.

As equipas de limpeza estão a trabalhar de manhã até ao final da tarde para retirar quase um milhão de litros de crude da costa peruana, após um petroleiro ter sido atingido por fortes ondas enquanto descarregava na refinaria de La Pampilla, poucos quilómetros a norte de Lima. 

O governo peruano acusa a Repsol, proprietária das instalações, de ser responsável pelo desastre ambiental e exigiu à petrolífera espanhola o pagamento de uma multa superior a 30 milhões de euros para deixar o petroleiro de bandeira italiana zarpar.

A Repsol, que atribui o incidente à erupção vulcânica em Tonga, nega quaisquer responsabilidades e defende que as autoridades peruanas não tinham emitido um aviso de tsunami. 

O presidente Pedro Castillo disse que será formada uma comissão para propor formas de lidar com a crise, de acordo com as políticas nacionais que visam a proteção do ambiente.

Já a primeira-ministra peruana, Mirtha Vásquez, revelou que a Repsol se comprometeu  a entregar um calendário de limpeza, incorporar os pescadores locais nas operações e entregar cabazes de alimentos às famílias afetadas.

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