Milhares de pessoas manifestaram-se na capital da Bélgica e a polícia teve de recorrer a gás lacrimogéneo para reprimir distúrbios. Em Espanha também se gritou contra as restrições
Milhares de pessoas manifestaram-se este domingo em Bruxelas, na Bélgica, e em Barcelona, no nordeste de Espanha, contra as restrições anticovid. Em Bruxelas, o protesto degenerou em confrontos com a polícia.
O protesto na capital belga foi organizado pelo movimento "European United", reuniu 50 mil participantes, de acordo com a polícia, e é já a quinta manifestação do género no espaço de dois meses em Bruxelas.
Ao início da tarde, o jornal belga "Derniére Heure" noticiou a ocorrência de confrontos entre um grupo afeto aos manifestantes e a polícia. As forças da ordem recorreram a gás lacrimogéneo para travar os distúrbios.
Pelo menos seis pessoas terão sido detidas ainda antes da marcha de protesto, onde muitos dos participantes nem usaram máscara anticovid.
Um balanço efetuado entre os dias 13 e 19 de janeiro, em que foram realizados mais de 683 mil testes e detetadas 281 mil infeções Covid-19, coloca o agravamento da epidemia na Bélgica nos 41,1%, com uma média de infeções diárias na ordem das 40 mil, o que equivale a um agravamento em linha de 62% da média.
A rejeição das medidas em Espanha
Na capital da região espanhola da Catalunha este domingo também ficou marcado por manifestações.
Mais de um milhar de pessoas desfilaram pelo centro de Barcelona contra a vacinação anticovid e o que consideram ser uma "ditadura sanitária", um dia depois de as autoridades de saúde locais terem anunciado mais 19.507 novas infeções diagnosticadas em 24 horas na Catalunha e mais 67 "doentes covid" hospitalizados.
Em Santiago de Compostela, na Galiza, também se ouviram no sábado gritos contra a vacinação, o certificado covid e a obrigatoriedade do uso de máscara por causa do SARS-CoV-2.
O País Basco também foi palco no sábado de manifestações em várias cidades, com milhares de pessoas a denunciarem o estado do serviço de saúde da região devido à Covid-19, sobretudo pelo colapso da assistência primária e a sobrecarga de trabalho dos profissionais de saúde.