Fundo Monetário Internacional (FMI) alerta para os "grandes riscos" da criptomoeda, meses após o país da América Central ter adotado a Bitcoin como uma das formas de pagamento oficiais.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) exige que El Salvador deixe de usar a Bitcoin como moeda oficial. A criptomoeda, defede o FMI num relatório apresentado esta terça-feira, representa "grandes riscos" para a estabilidade financeira do país e a proteção dos consumidores.
O pedido surge numa altura em que o Estado da América Central está em negociações com o fundo para obter um empréstimo de mil e trezentos milhões de dólares.
"CEO de El Salvador" defende moedas digitais
El Salvador adotou a Bitcoin em setembro do ano passado, tornando-se no primeiro - e até agora único - país a fazê-lo. Adeto do Twitter, onde se apresenta como o "CEO de El Salvador", o presidente Nayib Bukele recorreu à rede social para reagir ao relatório do FMI.
Através de uma cena adaptada de OsSimpsons, em que Homer, representando o FMI, faz acrobacias, Bukele deixa entender que percebe o que o fundo está a fazer.
Aquando da implementação da Bitcoin, o governo do presidente Nayib Bukele acompanhou a medida com a instalação de mais de 200 máquinas automáticas em todo o país e a criação de uma carteira digital com 30 dólares - cerca de €26,5 - para cada cidadão. O objetivo era facilitar o investimento estrangeiro e o envio de remessas de salvadorenhos a viver fora do país
No entanto, e apesar de qualquer serviço ter de aceitar a moeda digital como forma de pagamento, a bitcoin nunca chegou a conquistar a confiança da população.
No início da semana, a bitcoin registava perdas superiores a 50% do máximo histórico alcançado em novembro de 2021.Economistas estimam que a compra de moedas digitais represente já prejuízos para El Salvador.