Partidos da "geringonça" justificam resultados aquém das expetativas com voto útil na esquerda socialista
Bloco de Esquerda e CDU desempenharam um papel fundamental nos governos da "Geringonça" e foi o seu chumbo do Orçamento de Estado proposto pelo PS que acabou por ditar eleições antecipadas este domingo. A projeção à boca das urnas indica que os dois partidos deram um trambolhão nas preferências dos portugueses, tendo sido ultrapassados quer pelo Chega, quer pela Iniciativa Liberal.
Na hora de assumir a derrota, queixaram-se ambos da "bipolarização artifical" que deu origem a um "voto útil" na esquerda socialista.
Para o líder parlamentar bloquista, Pedro Filipe Soares, “a estratégia criada pelo PS de chantagem para o país parece ter tido algum sucesso com uma ajuda que não é despiciente de uma bipolarização forçada, criada ao longo das últimas semanas e que aparentemente teve sucesso na criação de um voto útil à esquerda”.
Já o dirigente comunista, Jorge Pires, referiu que “tudo indica que estas eleições dão um resultado muito expressivo ao PS e isto, num quadro de uma fortíssima bipolarização artificial, como demonstram os resultados do PSD, serviu, sobretudo, para prejudicar a votação da CDU”.