Assassino de lusodescendente começa a ser julgado

Admissão de culpa na abertura, em França, de um julgamento por homicídio que concentra as atenções do país.
Julgado pelo sequestro e morte da lusodescendente Maëlys de Araújo, o ex-militar francês Nordahl Lelandais voltou a reconhecer ter assassinado a menina de oito anos e apresentou um pedido de desculpas no tribunal da cidade de Grenoble, onde teve início esta segunda-feira o processo.
À chegada ao tribunal, o pai da menina, Joachim de Araújo, dizia esperar "que ele fique na prisão o mais tempo possível e que todos se sintam seguros pelo facto dele estar na prisão".
A abertura do processo fica também marcada pela ausência de várias testemunhas convocadas, nomeadamente o irmão do réu.
O desaparecimento em 2017 da pequena Maëlys, durante uma festa de casamento na localidade de Pont-de-Beauvoisin, e a sua morte comoveram a França. Lelandais só confessou o crime em 2018, quando conduziu as autoridades ao local onde tinha deixado o corpo.
O ex-militar já foi condenado, em maio do ano passado, a 20 anos de prisão pelo assassinato do jovem soldado Arthur Noyer, também cometido em 2017.