Administração Biden decidiu mandar mais 2000 soldados para a Europa, perante o aumento da tensão na fronteira entre a Rússia e a Ucrânia.
Perante o clima de tensão na Ucrânia e o medo de uma invasão por parte da Rússia, a administração Biden decidiu enviar mais 2000 tropas para a Europa. Há 2000 soldados norte-americanos que vão reforçar os contingentes na Polónia e Alemanha e outros mil que são transferidos da Alemanha para a Roménia. Todos estes países são membros da NATO, ao contrário da Ucrânia, para onde a administração norte-americana garante que não irá nenhum militar.
Jen Psaki, porta-voz da Casa Branca, diz que "estes soldados não vão para a Ucrânia nem vão combater na Ucrânia. Os Estados Unidos estão apenas a cumprir o compromisso de dar apoio e segurança aos parceiros na região".
No entanto, como se esperava, a decisão não foi bem recebida em Moscovo. O governo russo diz que só faz aumentar o clima de tensão: "Estes passos destrutivos só fazem crescer as tensões militares e estreitar o campo para as decisões políticas", disse, num comunicado, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros Alexander Grushko.
Vladimir Putin reage ao que diz serem provocações por parte do Ocidente. Depois das ameaças de sanções feitas pelo primeiro-ministro britânico Boris Johnson, Putin falou ao telefone com o chefe do executivo de Londres e disse-lhe que a NATO e países aliados continuam a não respeitar as preocupações de segurança da Rússia, nomeadamente o pedido de garantias de que não há uma expansão da NATO para leste, em particular para a Ucrânia.
O presidente francês Emmanuel Macron pede que a crise seja resolvida pela via do diálogo.
Estou muito preocupado com a situação no terreno. Falei várias vezes, nos últimos dias, com os parceiros europeus, com os presidentes Putin e Zelensky e também com o presidente Biden.
Biden e Macron comprometeram-se a encontrar uma posição comum. Entretanto, Vladimir Putin continua a negar que tenha intenções de invadir a Ucrânia, apesar do acumular de tropas russas junto à fronteira, e insiste que são os países ocidentais que estão a alimentar o que diz ser uma "histeria".