ONU conta mais de cem civis mortos na Ucrânia

ONU conta mais de cem civis mortos na Ucrânia
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Alta Comissária para os Direitos Humanos diz que dimensão real da tragédia pode ser muito pior

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A invasão russa e a tragédia humana na Ucrânia marcaram a abertura da quadragésima nona sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra.

A Alta Comissária das Nações Unidas Michelle Bachelet avançou os números oficiais, avisando que, no terreno, a realidade pode ser bastante pior:

"O ataque militar contra a Ucrânia põe em risco inúmeras vidas. Entre a manhã de quinta-feira e a última noite, registámos 406 vítimas civis, incluíndo 102 mortos, entre os quais 7 crianças, e 304 feridos. A maioria dos civis foram mortos por armas explosivas com uma grande área de impacto, incluíndo artilharia pesada, sistemas de lançamento de 'rockets' e bombardeamentos. E temo que os números reais sejam consideravelmente superiores."

O secretário-geral da ONU, António Guterres, apontou o dedo diretamente a Vladimir Putin, aludindo nomeadamente à imposição do fecho da ONG russa Memorial em dezembro:

"Os autocratas, em particular, sabem que os Direitos Humanos são a maior ameaça para o seu poder. Negar, rejeitar e desviar a atenção... Eles não recuam perante nada para espezinhar os direitos e liberdades fundamentais. Forçar o fecho de uma organização reconhecida de defesa dos Direitos Humanos, com uma grande história e laços internacionais, não é um sinal de um Estado forte. É um sinal de um Estado que teme o poder dos Direitos Humanos."

Apesar da oposição russa e chinesa, o Conselho dos Direitos Humanos da ONU aprovou um debate urgente sobre a invasão da Ucrânia, que deverá ter lugar ainda esta semana. 

A embaixadora ucraniana nas Nações Unidas afirmou que os ataques russos contra instalações civis podem ser considerados "crimes de guerra".

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