Atravessar as fronteiras traduz-se numa viagem rumo ao desconhecido.
Um milhão e meio de pessoas fugiu da guerra na Ucrânia para os países vizinhos em 10 dias. É este o balanço do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados. E, aproximadamente 1 milhão destas pessoas procuraram abrigo na Polónia. A maior parte são mulheres e crianças.
As famílias são separadas. Os homens são obrigados a ficar para trás para lutar pelo país, mas uma família teve mais sorte: a de Yevhen Chonomordenko, um cidadão ucraniano que se encontrava na Polónia quando a guerra começou. Tem estado trabalhar no país a instalar painéis solares. Depois de 11 dias de intensa espera reuniu-se, finalmente, com a mulher Alina e com os seus dois filhos pequenos que partiram de Kiev e conseguiram chegar até à fronteira polaca. Yevhen diz ter dúvidas sobre se um dia poderá regressar à Ucrânia - por agora a sua maior prioridade é encontrar um local seguro onde a família possa viver.
Para a maior parte dos refugiados, atravessar a fronteira traduz-se numa viagem rumo ao desconhecido. A Hungria, que até agora viu chegar mais de 120 mil pessoas, colocou voluntários e intérprete s a recebê-las. As pessoas são controladas e registadas em pontos específicos.
Os refugiados estão a ser recebidos por países como a Polónia, Hungria, Roménia e Moldávia, que fazem fronteira com a Ucrânia. Segundo o Acnur, parte também tem ido para a Rússia.