EventsEventosPodcasts
Loader
Encontra-nos
PUBLICIDADE

26 anos depois, Taisia regressa à família de acolhimento

26 anos depois, Taisia regressa à família de acolhimento
Direitos de autor Η Ταΐσια με τον γιο της
Direitos de autor Η Ταΐσια με τον γιο της
De  Ricardo FigueiraLuca Palamara
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

O desastre de Chernobyl em 1986 fez Taisia, então criança, refugiar-se em Itália. Agora adulta e mãe, a jovem ucraniana regressa à mesma família em Ercolano, perto de Nápoles.

PUBLICIDADE

A imagem de uma mãe a brincar com o filho num ambiente seguro contrasta com as cenas angustiantes de famílias que se apressam a entrar num comboio que as levará para longe da guerra.

Taisia e o filho são acolhidos em Ercolano, perto de Nápoles, pela mesma família que a acolheu em criança depois do desastre de Chernobyl em 1986, quando tinha apenas sete anos.

Anna Cioffi, que acolheu Taisia em criança, recorda: "Não conhecíamos a língua, não sabíamos o que fazer ou o que lhe dar de comer. Então abri o frigorífico, coloquei-a à frente e ela, com as suas mãozinhas, pegou em dois ovos e fez um gesto. Então, percebi que ela queria ovos estrelados".

Há 26 anos, Taisia Vechurko veio para Itália para escapar a um inimigo invisível: a radioatividade na área de Chernobyl. Hoje, um inimigo altamente visível forçou-a a regressar à mesma família que a tinha acolhido, mas desta vez como mãe

Taisia nunca perdeu o contacto com a sua família italiana, mas não podia imaginar que ainda viria a precisar deles: "Obrigada por me terem acolhido, porque é difícil quando não sabemos para onde ir. Quando temos um lugar e sabemos que temos outra família para nos acolher. É muito bom, também para o meu filho, que é pequeno e eu não queria que ele visse toda a situação que está a acontecer agora na Ucrânia", conta a jovem.

Taisia e o filho estão entre os 55 refugiados que a Câmara Municipal de Ercolano, juntamente com a Associação Unidos pela Vida e a Cruz Vermelha recolheram na fronteira húngara.

Ciro Buonajuto, presidente da Câmara Municipal da cidade, explica: "O nosso objetivo é integrá-los no tecido social da cidade. Damos cuidados de saúde e organizámos com as escolas a possibilidade de fazer com que as crianças ucranianas frequentem as mesmas aulas que as crianças italianas. Acredito que acolher refugiados ucranianos pode ser um grande recurso para a nossa cidade e para o nosso território".

Organizámos com as escolas a possibilidade de fazer com que as crianças ucranianas frequentem as mesmas aulas que as crianças italianas.
Ciro Bonajuto
Presidente da Câmara Municipal de Ercolano

"Quando aqui cheguei, tive a sensação de estar a salvo, mas depois pensei nos amigos e familiares que deixei para atrás e sinto a falta deles. Sinto que quero voltar e ver como estão. Estou preocupada com todos aqueles que ainda lá estão", diz Taisia.

Desde o desastre nuclear de Chernobyl até à guerra de hoje: parece não haver paz na vida de Taisia, mas a sua família italiana ainda está aqui para a ajudar depois de todos estes anos.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Itália contra nomeação de diplomata espanhol para representante dos países do sul na NATO

Relatório da Comissão Europeia revela problemas com a liberdade de imprensa em Itália

Secas, desertificação, ondas de calor: a crise climática atinge duramente a Sicília