Angola tenta captar investidores europeus

Governo de Angola e consórcio dos Países Baixos assinam memorando
Governo de Angola e consórcio dos Países Baixos assinam memorando Direitos de autor Euronews
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De  João Peseiro MonteiroCyril Fourneris com Lusa
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União Europeia apoia Angola na captação de investimento direto estrangeiro. Fórum empresarial foi apenas uma das manifestações da parceria entre Bruxelas e Luanda. MIssão de observação eleitoral pode ser outra, UE aguarda convite.

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Convencer os investidores europeus a apostar em Angola foi um dos objetivos do primeiro Fórum Empresarial realizado com a União Europeia, esta quinta-feira em Bruxelas.

O governo de Luanda explicou aos mais de 800 participantes deste evento híbrido as reformas feita nos últimos anos, enquanto empresários internacionais partilharam experiências.

Foi o caso de Francisco Franca, CEO da Mota-Engil Angola:

"Angola, hoje em dia, é um país que está aberto aos investidores internacionais, coisa que não estava há uns anos atrás, e portanto hoje há muitas oportunidades em Angola para, digamos, para executar projetos e o próprio governo estabeleceu uma série de regras que estão na legislação e que permitem a investidores internacionais ir a Angola e investir em Angola."

O Fórum foi palco da assinatura de um memorando com o consórcio dos Países Baixos Flying Swans, com vista ao desenvolvimento de uma cadeia logística de frio, no valor de 25 milhões de euros. Um vetor que pode atrair investimento direto estrangeiro que encontra agora condições mais favoráveis, como explica o ministro de Estado para a Coordenação Económica, Manuel Nunes Júnior:

"Há aqui uma mudança muito grande no funcionamento do mercado cambial, aquelas pessoas que investem em Angola e que no fim do ano querem transferir os seus dividendos para fora, hoje podem fazer com toda a previsibilidade, com toda a transparência diferentemente do que acontecia até 2017."

Um empréstimo de 50 milhões de euros do Banco Europeu de Investimento e uma subvenção de sete milhões de euros da União Europeia para apoiar a resilência sanitária foram igualmente firmados em Bruxelas.

A chefe da Delegação Europeia em Angola, Jeannette Seppen, recordou aos participantes a existência de um programa plurianual com uma dotação de 275 milhões de euros para aplicar na diversificação da economia, na governação e no desenvolvimento do capital humano. Angola pode ainda beneficiar da iniciativa Global Gateway, destinada ao continente africano, com um envelope de 300 mil milhões de euros.

Mas nem só de dinheiro vive a parceria entre Angola e a União Europeia, como explicou Jeannette Seppen ao microfone da Euronews:

"As eleições vão ser, como é evidente, um momento importante para Angola. A União Europeia deseja e está pronta a enviar uma missão de observação eleitoral. Partilhámos este desejo com o governo de Angola mas ainda não recebemos um convite para enviar uma missão de observação eleitoral. Vamos esperar, mas o tempo está a tornar-se um pouco curto porque o envio de uma missão destas precisa de uma preparação muito, muito grande. Mas ainda não recebemos um convite."

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