Otimismo no acordo do nuclear iraniano

O Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, tentou, este domingo, tranquilizar Israel e os seus aliados árabes do Golfo, antes da esperada renovação do acordo nuclear das potências mundiais com o Irão.
Blinken disse, antes da reunião com os seus homólogos de Israel e mais quatro países árabes: "Estamos ambos empenhados, ambos determinados a que o Irão nunca adquira uma arma nuclear (...) Os Estados Unidos acreditam que o regresso à plena implementação do Plano de Ação Conjunto Global é a melhor forma de colocar o programa nuclear iraniano de volta ao ponto em que se encontrava, ao qual tem escapado desde que os Estados Unidos se retiraram desse acordo".
As negociações para salvar o acordo intensificam-se e a questão da Guarda Revolucionária é ainda uma das pedras na engrenagem.
O enviado especial dos Estados Unidos, Robert Malley, disse em Doha, que Washington manterá sanções contra a Guarda Revolucionária Iraniana, mesmo que um acordo nuclear seja finalmente alcançado, e a reação não se fez esperar.
O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Sayyid Kamal Kharrazi, afirmou: "O Corpo de Guarda Revolucionária Islâmica é um exército nacional, e um exército nacional não pode ser listado como um grupo terrorista e certamente isto não é aceitável. Isto é muito importante para os iranianos".
O Alto Representante da União Europeia, Josep Borrell, acredita que o acordo é possível.
As conversações entre o Irão, a China, Rússia, França, Reino Unido e Alemanha para reavivar o acordo de 2015, foram retomadas há meses, em Viena.
O acordo é suposto impedir Teerão de alcançar a bomba atómica, em troca do levantamento das sanções que estão a sufocar a economia iraniana.