"Irão não é totalmente transparente" sobre programa nuclear, avisa ONU

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, falava na Cimeira Mundial dos Governos, no Dubai
O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, falava na Cimeira Mundial dos Governos, no Dubai Direitos de autor Kamran Jebreili/AP
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O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica das Nações Unidas (AIEA), Rafael Grossi, alertou que Teerão continua a não dar respostas sobre o programa nuclear iraniano.

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O Irão "não é completamente transparente" quanto ao seu programa nuclear. O aviso é do diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, e surge dois dias após as forças militares iranianas terem exibido uma série de mísseis nas comemorações do 45.º aniversário da Revolução Islâmica.

No mesmo dia, um antigo chefe do programa nuclear iraniano disse, numa declaração à televisão estatal, que o país tem "nas mãos" todas as partes necessárias para fazer uma arma de destruição em massa.

"Se o Irão quiser ter um programa de energia nuclear, que aliás já tem, pode tê-lo e com razão. Não há qualquer problema em relação a isso. Mas têm de ter um sistema de inspeções que seja proporcional ao que estão a fazer, e continuam a não dar as respostas e a cooperação que deveriam dar à AIEA", alertou o responsável da agência das Nações Unidas, durante um painel na Cimeira Mundial dos Governos, no Dubai.

Na terça-feira, a televisão estatal iraniana transmitiu imagens de supostos testes de mísseis balísticos disparados de um navio de guerra iraniano. 

Desde o fracasso do acordo nuclear de 2015 - que regulava o programa nuclear de Teerão em troca do levantamento das sanções internacionais ao país -, após mudanças no governo dos Estados Unidos em 2019, o Irão tem vindo a aumentar a produção de urânio enriquecido para níveis próximos daqueles necessários para uma arma nuclear.

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