Filas para o porto de Dover ultrapassam os 30 quilómetros mas o aumento de passageiro na semana da Páscoa não explica tudo
Deixar o Reino Unido através do porto de Dover tornou-se numa dor de cabeça para as milhares de pessoas presas nas filas que ultrapassaram os 30 quilómetros. Na origem do congestionamento está uma conjugação de fatores.
O principal prende-se com a suspensão de um dos principais operadores dos ferries que fazem a travessia do canal da Mancha.
Responsável por cerca de um terço do tráfego, a P&O Ferries suspendeu o serviço em março, quando despediu os perto de 800 funcionários, sem aviso prévio, com o objetivo de os substituir por mão-de-obra mais barata. A decisão foi fortemente contestada pelo governo e as autoridades estão a investigar a sua legalidade.
Os restantes operadores já avisaram não ter capacidade para acolher os passageiros afetados pela suspensão, pelo menos a curto prazo.
Para complicar ainda mais a situação, registaram-se ainda problemas informáticos na plataforma que emite a documentação essencial para os transportes de mercadorias efetuaram a travessia para território europeu após o Brexit.
Como se não fossem suficientes, ambos os problemas foram agravados pelo elevado número de britânicos que tenta sair do país para desfrutar de umas férias no estrangeiro durante a semana da Páscoa. É possível, mas é precisa uma elevada dose de paciência...