Putin bloqueia Azovstal para conter resistência ucraniana

Sasha Vakulina
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De  Oleksandra Vakulina

Militar russo diz que o Kremlin quer controlar toda a área de Donbass

O último relatório do ministério da Defesa britânico revela que a decisão do presidente russo de bloquear a fábrica Azovstal tem como objetivo conter a resistência ucraniana em Mariupol e libertar as forças russas para serem destacadas para outros locais no leste da Ucrânia. Um ataque total da Rússia à fábrica iria provavelmente causar baixas significativas na Rússia, diminuindo ainda mais a eficácia global de combate. O presidente Vladimir Putin e o ministro da Defesa Sergei Shoigu declararam vitória na batalha de Mariupol a 21 de Abril, apesar da presença contínua das forças ucranianas em Azovstal.

No leste da Ucrânia, as forças russas continuam as operações ofensivas mas conseguiram apenas ganhos marginais, segundo os dados do Instituto para o Estudo da Guerra.

A segunda maior cidade da Ucrânia, Kharkhiv, no nordeste, tem sido alvo de um intenso bombardeamento. As forças ucranianas continuam a deter os ataques russos em torno de Izyum.

Segundo as declarações de um oficial russo que está a ser citado esta sexta-feira pela agências de notícias, a Rússia pretende controlar toda a área de Donbass. A agência russa Interfax destaca as informações avançadas por este comandante adjunto do distrito militar central da Rússia, que diz que para a segunda fase do que Moscovo chama de "operação militar" os objetivos são: o controlo total de Donbass, uma ligação terrestre entre a Rússia e a Crimeia e o controlo total da Ucrânia meridional e do acesso terrestre à Transnístria, onde Moscovo diz que "a população de língua russa está a ser oprimida".

Durante mais de 30 anos, a Moldávia teve cerca de 1.500 a 2.000 soldados russos no seu território, depois de uma guerra na região separatista da Transnístria.

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