Valas comuns descobertas perto de Mariupol

Valas comuns na Ucrânia
Valas comuns na Ucrânia Direitos de autor Rodrigo Abd/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved.
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De  Valérie Gauriat
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Novas imagens de satélite indicam que a expansão de sepulturas começou entre 23 e 26 de março e tem continuado ao longo das últimas semanas

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Novas Imagens de satélite revelam mais de 200 valas comuns perto de Mariupol. A Ucrânia acusa a Rússia de enterrar nesta região do leste do país milhares de civis para esconder um massacre. Segundo a empresa de tecnologia de satélite Maxar, as imagens indicam que a expansão de sepulturas começou entre 23 e 26 de março e tem continuado ao longo das últimas semanas.

Esta sexta-feira, a Organização das Nações Unidos documentou "assassínios, incluindo por execução sumária" de cinquenta civis em Bucha, nos arredores de Kiev.

Ravina Shamdasani, porta-voz do Gabinete dos Direitos Humanos da ONU, disse que ao longo destas oito semanas, o direito humanitário internacional não foi apenas ignorado, mas aparentemente posto de lado, à medida que as forças armadas russas bombardearam indiscriminadamente áreas povoadas, matando civis e destruindo hospitais, escolas e outras infraestruturas civis. Segundo as Nações Unidas, estas ações podem constituir crimes de Guerra.

Desde a saída das tropas russas, policias e cientistas forenses ucranianos estão a documentar alegados crimes de Guerra na região da capital. Iryna Venediktova, procuradora-geral da Ucrânia, explicou à Euronews que o país investiga 7661 casos apenas sobre crimes de guerra, e mais de 3000 casos, que estão ligados a crimes de guerra. “Vemos provas de tortura, quando abrimos as valas comuns, com civis. Foram alvejados, com os braços amarrados na parte de trás dos seus corpos. Temos provas de crimes sexuais contra civis, não só contra mulheres, mas também contra homens, crianças e mulheres idosas”, revela Iryna Venediktova.

Numa altura em que peritos nacionais e internacionais investigam as denúncias de crimes de guerra, a procuradora-geral da Ucrânia considera que o apoio da Justiça Europeia e do Tribunal Penal Internacional é crucial para ajudar a levar os criminosos de guerra a tribunal.

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