Rutura de fornecimento devido à guerra provoca escassez, agrava preço do produto original e abre espaço à contrafação alimentar
O óleo de girassol está a valorizar-se com a invasão russa da Ucrânia. Uma das maiores exportações ucranianas, mas também russas, o fornecimento deste produto do setor alimentar sofreu um duro golpe com a atual guerra em curso sobre um dos maiores terrenos de produção do mundo e as consequentes sanções à economia russa.
A ofensiva do Kremlin não só está a provocar a escassez e consequente agravamento dos preços, como também está a abrir espaço às falsificações a que alguns espaços comerciais estarão a recorrer para tentar manter a resposta à crescente procura.
Nos Países Baixos, um dos maiores importadores de óleo de girassol entre os países europeus da costa atlântica, a empresa "Bestolie" ressentiu-se da quebra na oferta, mas tem agora também o problema da concorrência desleal da contrafação.
"Vemos que o mercado agora está cheio de óleos sem certificação. A qualidade não está de acordo com os critérios europeus. Isto é preocupante porque não sabemos como este óleo foi produzido, que tipo de aditivos leva nem os ingredientes que o compõem", lamenta Aziz Odilov, o dono da "Bestolie.
Em diversos países europeus da costa atlântica a escassez de óleo de girassol agravou os preços inclusive nos produtor derivados como margarinas e até batatas fritas. Diversas superfícies comerciais, por exemplo em Espanha e no Reino Unido, decidiram impor quotas de aquisição desses produtos aos clientes.
Em França, o setor alimentar foi autorizado a substituir o óleo de girassol por alternativas sem ter de mudar os rótulos durante seis meses.