Ucrânia revela imagens da destruição de equipamento militar russo em Kharkiv

Residente de Mariupol caminha pela cidade agora sob controlo russo
Residente de Mariupol caminha pela cidade agora sob controlo russo Direitos de autor AP Photo/Alexei Alexandrov
Direitos de autor AP Photo/Alexei Alexandrov
De  Francisco Marques
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

A ofensiva russa concentra agora os combates mais intensos no leste da Ucrânia e Reino Unido revela alegados recuos militares do Kremlin

PUBLICIDADE

A invasão russa na Ucrânia continua também na contra-informação, com ambos os lados a divulgarem informações de acordo com os respetivos interesses.

As forças armadas da Ucrânia divulgaram este sábado um vídeo onde dizem mostrar a destruição de diversas unidades de guerra da Rússia na região de Karkhiv, cidade russófona no nordeste ucraniano, que mantém uma forte resistência aos invasores.

O ministério britânico da Defesa, agora mais ativo no apoio militar à Ucrânia, tem vigiado as movimentações russas e diz estar em curso a reorganização militar das forças afetas ao Kremlin para, assegura, compensar alguns falhanços no nordeste da Ucrânia, não assumidos pelo Kremlin, e concentrar o poder na região do Donbass.

Apesar da ocorrência de combates no nordeste, um porta-voz da Defesa ucraniana sublinhou que a zona onde agora estão a acontecer "os combates mais intensos", é exatamente o leste, onde "os militares ucranianos já não se limitam a defender-se. Em algumas frentes, estamos mesmo a contra-atacar e isto é um facto", garante Yuriy Sak, conselheiro do Ministério da Defesa da Ucrânia.

Mais a sul, em Mariupol, cidade agora maioritariamente sob controlo russo através da região separatista de Donetsk, os residentes que sobreviveram à ofensiva das forças do Kremlin, nomeadamente as milícias chechenas, estão a receber alguma assistência humanitária proveniente da Rússia.

As autoridades ucranianas denunciam esta assistência russa como uma tentativa do Kremlin de manipular as  as mesmas pessoas que antes atacou com bombas e mercenários.

O líder da região separatista de Donetsk afirmou, entretanto, ter sido acordado a abertura de um corredor humanitário a partir da metalúrgica Azovstal, onde se presume estarem ainda sitiados cerca de dois mil militares da guarda nacional ucraniana, que resistem aos ataques russos, e pelo menos um milhar de civis.

Até agora, no entanto, esse alegado acordo referido por Denis Pushilin continua sem se confirmar na prática, tendo sido noticia nos últimos dias, pelo contrário, um ataque das forças invasoras dirigido ao hospital improvisado nos subterrâneos da metalúrgica.

O Kremlin, por fim, fez saber este sábado que "o risco de uma guerra nuclear deve ser mantido no mínimo, em especial evitando qualquer conflito entre potencias nucleares", afirmou Vladimir Yermakov, o delegado do Ministério dos Negócios Estrangeiros para a não proliferação nuclear.

Revelando alguns sinais de desgaste, a Rússia exige o fim da entrega de armas às forças ucranianas, o que denuncia como sendo o maior travão a um acordo de paz, e ainda o fim das sanções económicas, mas sem mostrar abertura para travar a invasão da Ucrânia, a "operação militar especial" que perturbou a estabilidade no leste da Europa, colocou o mundo sob ameaça de uma guerra nuclear e está a custar à economia russa um embargo inédito.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Situação em Azovstal é "um inferno na terra"

Ucranianos recebidos por apoiantes de Putin em Setúbal

Ataques russos na Ucrânia fazem pelo menos oito mortos