ONU alerta para "milhares" de mortes ainda desconhecidas na Ucrânia

Voluntário transporta corpo para a morgue em Bucha, Ucrânia
Voluntário transporta corpo para a morgue em Bucha, Ucrânia Direitos de autor Emilio Morenatti/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved.
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De  Euronews
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Organização das Nações Unidas está a investigar no terreno os assassinatos de civis, no âmbito da guerra. Cidades como Mariupol podem vir a aumentar significativamente as contagens.

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Ataque após ataque, a Ucrânia conta os mortos. Os números oficiais, esta terça-feira, apontavam para 3.381 civis, mas a Organização das Nações Unidas (ONU), a recolher provas no terreno, alerta para os "milhares" de mortes acima da atual contagem.

As estimativas da ONU, além do número crescente de vítimas mortais, indicam também haver um cada vez maior número de feridos, já acima de 3.000 pessoas, em todo o país.

Mariupol permanece a grande incógnita. Sem poderem entrar na cidade portuária, os investigadores admitem ser provável que o número de mortes no local venha a aumentar significativamente.

Mas a contagem não fica por aí, outras cidades ucranianas deixam os monitores antever o pior.

De acordo com a Chefe da Missão de Monitorização dos Direitos Humanos da ONU na Ucrânia, Matilda Bogner, "em Bucha e noutras povoações a norte de Kiev, há relatos do assassinato ilegal de mais de 300 homens, mulheres e crianças", números que, reconhece, "vão continuar a aumentar à medida que visitarmos mais áreas"

As vítimas da guerra também se contam entre os vivos. A guerra na Ucrânia já gerou mais de quatro milhões de refugiados; agora estima-se que haja  oito milhões de pessoas deslocadas dentro do país, o que, segundo o último relatório da Organização Internacional para as Migrações, representa um aumento de 24% de deslocações internas em relação a março.

Em resposta à crise humanitária, a Organização Mundial da Saúde (OMS) apela à criação de fundoS de emergência de 150 milhões de dólares.

"Estes fundos irão apoiar o acesso a serviços de saúde essenciais, incluindo cuidados de trauma para 6 milhões de pessoas", explicou, esta terça-feira, o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, que, em conferência de imprensa, deixou ainda um apelo: "O que a Ucrânia precisa mais do que qualquer outra coisa é de paz. E assim, mais uma vez, continuamos a apelar à Federação Russa para que pare esta guerra".

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