Comandante russo pode vir a ser condenado a prisão perpétua, caso fique provada a ocorrência de crimes de guerra. Vadim Shishimarin terá assassinado um civil ucraniano desarmado.
Aos 21 anos, Vadim Shishimarin, será o primeiro militar russo a enfrentar um julgamento na Ucrânia. O anúncio foi feito, esta quarta-feira, pela procuradora-geral ucraniana. De acordo com Iryna Venediktova, o comandante terá assassinado um civil desarmado na localidade de Chupajivka, em fevereiro.
O homem, de 62 anos, circulava de bicicleta e falava ao telemóvel quando o militar o atingiu na cabeça. Shishimarin seguia num carro roubado com mais quatro militares russos, após a coluna de tanques onde seguiam ter sido atacada pelo exército ucraniano. Terá disparado contra a vítima com uma metralhadora, com medo que esta o denunciasse.
O comandante viria a ser capturado pelas forças de Kiev. Num vídeo divulgado pelo Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU), a 04 de maio, Shishimarin confessa ter disparado contra um civil.
O jovem militar enfrenta agora uma pena de 10 a 15 anos de prisão por homicídio. Caso se prove a ocorrência de crimes guerra, a sentença pode passar a prisão perpétua.
A data para o início do julgamento não foi ainda divulgada. No entanto, a Ucrânia diz estar disposta a libertar prisioneiros russos em troca de combatentes feridos na fábrica Azovstal. O último bastião da resistência da cidade de Mariupol permanece sob fogo das tropas inimigas.
As negociações para libertar os soldados estão em curso, garante a vice-primeira-ministra ucraniana. Iryna Vereshchuk diz que várias opções estão em cima da mesa, mas admite "nenhuma delas é ideal".