Turquia bloqueia alargamento da NATO

Poucas horas decorridas depois da Suécia e da Finlândia submeterem as candidaturas à integração na Aliança Atlântica, a Turquia deitava água fria sobre as pretensões dos dois países escandinavos.
Ancara acusa ambos os países de abrigarem membros de grupos de ativistas curdos que considera pertencerem a organizações terroristas.
"O alargamento da NATO é significativo para nós desde que respeitem as nossas sensibilidades.
É inconsistente oferecer todo o tipo de apoios às organizações terroristas PKK e YPG e pedir que apoiemos a integração na NATO" disse o presidente turco Erdoğan discursando no parlamento.
O ministro turco dos negócios estrangeiros expressou igualmente as suas preocupações ao chefe da diplomacia norte-americana.
"A Turquia apoiava a política de porta aberta à NATO mesmo antes desta guerra. No que respeita a estes países candidatos, nós temos questões legítimas que se prendem com a segurança e que dizem respeito ao apoio de organizações terroristas", afirmou Mevlüt Çavuşoğlu, chefe da diplomacia da Turquia.
O representante de Washington preferiu sublinhar a cooperação da Turquia enquanto país aliado no seio da NATO.
"A Turquia, tal como os nossos aliados mostraram determinação no apoio à Ucrânia. Queremos ver um ponto final na agressão russa. Agradeço a solidariedade demonstrada por todos e pela Turquia neste esforço" sublinhou o secretário de estado norte-americano, Antony Blinken.
A missão de Blinken é convencer a Turquia. O alargamento da NATO deve ser aprovado por unanimidade por todos os 30 estados-membros o que pode levar até um ano a concretizar-se.