Data marca também início do segundo mandato de José Ramos Horta como presidente da república.
Hasteada pela primeira vez a 20 de maio de 2002, a bandeira de Timor-Leste voltou esta quinta-feira a erguer-se como símbolo maior do país, numa antevisão do vigésimo aniversário da independência.
Díli acolhe por esta altura dezenas de delegações internacionais. Chefes de Estado, governadores e representantes que quiseram marcar presença nas celebrações do "primeiro novo Estado soberano do século XXI", como disse já o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, depois de três décadas de ocupação indonésia, após a descolonização portuguesa.
A data assinala também a tomada de posse de José Ramos Horta, reeleito há um mês presidente da República.
Durante o discurso de tomada de posse, o chefe de Estado timorense defendeu que as "relações com a República da Indonésia, Austrália, Nova Zelândia e países do sudeste asiático, geograficamente próximos de Timor-Leste, devem estar no topo da nossa agenda nacional".
A agenda política e económica é pautada pela necessidade de ultrapassar os números que continuam a arrastar o país para o fosso do subdesenvolvimento e da subnutrição, sobretudo numa altura em que a guerra na Ucrânia faz pairar também sobre Timor-Leste a ameaça da fome.
Em entrevista à agência Lusa, Ramos Horta tinha já destacado como "prioridade absoluta evitar que, face a esta crise mundial, resultado da guerra da Ucrânia e da pandemia, os timorenses pobres fiquem mais pobres ainda e que venham a passar fome”.