Melhoria da segurança em Moçambique favorece regresso das energéticas

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Aeroporto de Mocimboa da Praia Direitos de autor LUIS MIGUEL FONSECA/ 2021 LUSA - Agência de Notícias de Portugal, S.A.
De  José Kundy e João Peseiro Monteiro
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A melhoria das condições de segurança, devido à intervenção de forças militares da SADC e do Ruanda, favorece o regresso das multinacionais energéticas ao norte de Moçambique. Uma situação que pode ser acelerada devido à procura europeia de substitutos do gás russo

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A melhoria das condições de segurança em Cabo Delgado pode fazer regressar as companhias energéticas a Moçambique.

Apesar dos avanços militares, Mpho Molomo, chefe da missão da tropa da SADC em Moçambique, afirma que é cedo para decretar o fim do terrorismo em Cabo Delgado. Molomo revela que continuam ataques e atrocidades contra mulheres e crianças nas matas onde estão escondidos.

Além da força conjunta da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, o governo de Maputo tem o apoio de um contingente militar do Ruanda.

Para José de Oliveira, investigador em assuntos energéticos, as condições começam a estar reunidas para o regresso das empresas multinacionais a Cabo Delgado.

Moçambique é o país, neste momento, com maior reservas para serem desenvolvidas, não há muitas reservas de gás mas assim as maiores concentradas estão em Moçambique
José de Oliveira
Investigador da Universidade Católica de Angola

Com a crise energética provocada pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia, a Europa busca em África fontes alternativas de gás natural liquefeito.

Estou convencido que os projetos em Moçambique vão ter sucesso
José de Oliveira
Investigador da Universidade Católica de Angola

Quem não encara com o mesmo otimismo o fim do conflito nas zonas de exploração de gás em Moçambique é o jurista Alexandre Chivale apesar de uma nova lei aprovada pelo parlamento.

Há um risco que, por via destas tentativas de combater o terrorismo e o branqueamento de capitais, pudesse ferir direitos e garantias e liberdades do cidadão
Alexandre Chivale
Advogado

O parlamento moçambicano aprovou a 19 de Maio a lei de repreensão, combate e prevenção do terrorismo, que divide a opinião pública sobre possíveis limitações a liberdade de imprensa e de de expressão.

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