A melhoria das condições de segurança, devido à intervenção de forças militares da SADC e do Ruanda, favorece o regresso das multinacionais energéticas ao norte de Moçambique. Uma situação que pode ser acelerada devido à procura europeia de substitutos do gás russo
A melhoria das condições de segurança em Cabo Delgado pode fazer regressar as companhias energéticas a Moçambique.
Apesar dos avanços militares, Mpho Molomo, chefe da missão da tropa da SADC em Moçambique, afirma que é cedo para decretar o fim do terrorismo em Cabo Delgado. Molomo revela que continuam ataques e atrocidades contra mulheres e crianças nas matas onde estão escondidos.
Além da força conjunta da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, o governo de Maputo tem o apoio de um contingente militar do Ruanda.
Para José de Oliveira, investigador em assuntos energéticos, as condições começam a estar reunidas para o regresso das empresas multinacionais a Cabo Delgado.
Com a crise energética provocada pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia, a Europa busca em África fontes alternativas de gás natural liquefeito.
Quem não encara com o mesmo otimismo o fim do conflito nas zonas de exploração de gás em Moçambique é o jurista Alexandre Chivale apesar de uma nova lei aprovada pelo parlamento.
O parlamento moçambicano aprovou a 19 de Maio a lei de repreensão, combate e prevenção do terrorismo, que divide a opinião pública sobre possíveis limitações a liberdade de imprensa e de de expressão.