Severodonetsk e Lysychansk estão sob fogo das tropas russas, que se aproximam cada vez mais de tomar o seu controlo. Autoridades ucranianas tentam retirar os civis das cidades.
De dia para dia, o cerco russo estrangula cada vez mais o leste da Ucrânia, onde Moscovo está a centrar o esforço de guerra. Cercadas, sob fogo que se intensificou esta sexta-feira, Lysychansk e Severodonetsk estão ser revistadas pelas autoridades, que, porta a porta, procuram por civis.
O objetivo da missão é evacuar as cidades, onde pelo menos 1500 pessoas terão já morrido e permanecem ainda milhares de cidadãos. São também as duas últimas sob o controlo ucraniano na região de Luhanks e na iminência de caírem nas mãos das tropas russas.
Volodymyr Zelenskyy reconhece a "difícil situação no Donbass". No habitual vídeo diário, o presidente ucraniano admitiu a concentração de soldados e artilharia russos na região.
Horas antes, Zelenskyy afirmava também estar disposto a encontrar-se diretamente com Putin, caso houvesse alguma hipótese de pôr fim à guerra.
O presidente russo esteve, por sua vez, esta sexta-feira, ao telefone com o chanceler austríaco, Karl Nehammer. Da conversa saiu a confirmação de que está disposto o negociar uma troca de prisioneiros com Kiev e a retomar o fornecimento de gás à Áustria.
Vladimir Putin rejeita ainda qualquer responsabilidade na retenção de cereais nos portos ucranianos e na dificuldade de abastecimento dos mercados mundiais.
A verdadeira causa dos problemas, alega o presidente, reside nas sanções do ocidente à Rússa.
Entretanto, Moscovo afirma que a remoção das minas e a limpeza dos navios afundados no Mar de Azov foram concluídas, para que o porto de Mariupol possa retomar as operações.