Secretário-geral do maior partido russo diz não ter dúvidas que as regiões ocupadas venham a fazer parte da Federação russa
Na cidade ucraniana de Melitopol já é possível obter um passaporte russo. As forças que controlam a região abriram um gabinete para a emissão de documentos na sequência de um decreto de Vladimir Putin, que permite aos cidadãos das regiões ocupadas obter cidadania russa por "razões humanitárias".
Uma medida que não é vista com bons olhos por Washington. Ned Price, porta-voz do departamento de Estado dos EUA, admite preocupação com "as medidas que a Rússia está a tomar para tentar institucionalizar o controlo sobre o território sob soberania ucraniana, particularmente na região de Kherson" e revela que o Kremlin se encontra a "estudar as opções, como o reconhecimento de uma república popular, com fez em Donetsk e Luhansk, ou uma anexação como aconteceu na Crimeia".
Além de passaportes, as forças russas também têm vindo a distribuir à população das zonas ocupadas acesso aos operadores de telecomunicações da Rússia.
O receio norte-americano é ainda validado pelas declarações do secretário-geral do maior partido russo, Andrey Turchak, que disse à agência de notícias RIA Novosti não ter dúvidas que as regiões ocupadas iriam fazer parte da Federação russa.
Já o Kremlin foi mais cauteloso e fez saber através do porta-voz, Dmitry Peskov, que seriam as regiões a decidir o seu próprio futuro, acrescentando no entanto não ter dúvidas que estas iriam tomar a melhor decisão.