Com a marcação da data das eleições gerais, pré-campanha eleitoral entra numa nova fase. Oposição queixa-se de tratamento desigual, partido no poder sublinha capacidade de mobilização
Angola vai ter eleições gerais no dia 24 de agosto. O presidente João Lourenço anunciou a data no Conselho da República, órgão consultivo que reuniu esta sexta-feira e aprovou a proposta do chefe de Estado.
Apesar da data do sufrágio só agora ser conhecida, a pré-campanha eleitoral há muito que está na rua.
O líder da UNITA, na oposição, Adalberto da Costa Júnior, afirma que o tratamento dado aos partidos é desigual:
"Os competidores de um desafio eleitoral não têm valências diferenciadas. A lei coloca-os a todos nas mesmas circunstâncias, assim diz a nossa constituição, assim dizem as leis mas como qualquer cidadão sério e honesto avalia, nós estamos num processo de aproximação eleitoral absolutamente de violações às leis."
Uma acusação que Rui Falcão Pinto de Andrade refuta. O membro do bureau político do partido no poder afirmou à Euronews que "o MPLA tem mostrado capacidade de organização", enquanto "a oposição vê fenómenos que não existem" e expressou o desejo que "o sufrágio decorra com a maior normalidade possível".
João Lourenço foi eleito a 23 de agosto de 2017 e é candidato a um segundo mandato. Será a quinta vez que os angolanos vão à urnas desde 1992