A ONU está preocupada com a situação dos civis em Severodonetsk e lembra aos dois lados do conflito que têm de criar corredores de evacuação
A ONU expressa sérias preocupações pela situação dos civis que permanecem encurralados em Severodonetsk.
Calcula-se que centenas de pessoas estejam presas debaixo da fábrica de produtos químicos Azot, com um abastecimento reduzido de água, saneamento e eletricidade.
A esperança numa pausa no bombardeamento para facilitar um corredor humanitário para a evacuação tarda em concretizar-se.
Ambos os lados se culpam mutuamente. Os ucranianos ignoram a oferta unilateral dos russos, alegando que está ligada a um prazo para a rendição.
Saviano Abreu, do gabinete de assuntos humanitários da ONU, tuitou: "Ambas as partes em conflito têm a obrigação, ao abrigo do direito humanitário internacional, de proteger os civis, pelo que não é uma opção, têm de assegurar às pessoas que querem deixar a cidade que o podem fazer em segurança".
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, agradeceu ao presidente dos EUA, Joe Biden, por ter prometido mais mil milhões de dólares de ajuda de armamento à Ucrânia.
Desde que foi abatida a última ponte que permitia sair de Severodonetsk, há pelo menos 12 mil pessoas que não conseguem abandonar a cidade.
Entretanto, militares russos afirmaram ter utilizado mísseis de longo alcance para destruir um depósito na região ocidental de Lviv, onde foram armazenadas munições para armas fornecidas pela NATO.
Na quarta-feira chegaram à Ucrânia ocidental a maioria dos residentes idosos e deficientes de uma pequena cidade na periferia da região de Donetsk, forçados a abandonar as casas devido aos combates cada vez mais intensos no Donbass.