Kiev rejeita "enforcamento" de militares azov

Os familiares dos prisioneiros de guerra detidos na prisão de Donetsk que esta sexta-feira foi alvo de um ataque manifestaram-se em Kiev. Querem saber mais informações sobre as consequências do bombardeamento. Segundo as autoridades separatistas e os oficiais russos, o ataque fez 53 mortos e 75 feridos.
Irina é mãe de um dos soldados ucranianos detidos na prisão de Olenivka. Não sabe se o filho está vivo, ferido ou morto. Não tem qualquer informação. Diz que é uma situação insuportável e teme que o pior tenha acontecido.
Este sábado, separatistas apoiados pela Rússia na região de Donetsk publicaram um vídeo com o que dizem ser as imagens da prisão depois do ataque. São imagens de destruição: celas queimadas, beliches destruídos e corpos carbonizados.
A Rússia e Ucrânia continuam a trocar acusações sobre a responsabilidade do bombardeamento.
Ontem, a embaixada russa no Reino Unido escreveu na conta do Twitter que os militares Azov "não são soldados reais e merecem uma morte humilhante por enforcamento”.
Na resposta, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia disse que “não há diferença entre os diplomatas russos que pedem a execução de prisioneiros de guerra ucranianos e as tropas russas”. Para Oleg Nikolenko, são todos “cúmplices de crimes de guerra e devem ser responsabilizados”.