Aquecedores elétricos esgotam na Alemanha

Comerciantes já não têm radiadores para entrega a clientes
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Com receio do corte de gás russo no gasoduto Nord Stream 1, os stocks de aquecedores elétricos esgotam na Alemanha, enquanto as autoridades avisam que o aquecimento elétrico das habitações não é alternaticva viável ao gás.

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Com a temperatura a atingir valores recorde este Verão, na Alemanha a população prepara-se para o próximo inverno. O receio de faltar a principal fonte energética dos aquecimentos domésticos - o gás vindo da Rússia mas que esta poderá deixar de fornecer - está a levar muitos alemães a compras de pânico de radiadores de calor eléctricos. O medo do frio, que ainda há-de vir, já levou os stocks a entraram em ruptura.

Os comerciantes tanto do comércio local, como das grandes superfícies e cadeias de retalho queixam-se que não têm sequer previsões quanto ao reabastecimento e que não conseguem resposta dos seus fornecedores.

Aqui na Alemanha já foi dito que os termostatos terão de ser reduzidos de 22 para 17 graus centígrados, ou talvez até menos.
Thomas O'Donnell
Especialista de gás e petróleo

Seis meses depois da invasão da Ucrânia pelo exército russo, em pleno verão, muitos alemães temem o general inverno. Depois de ter sido travada a entrada em funcionamento do gasoduto Nord Stream 2, a Rússia reduziu o gás do Nord Stream1 para 20% do fornecimento habitual, alegando não poder assegurar o seu regular funcionamento por causa das sanções decretadas.

O tema tem marcado a agenda noticiosa alemã e até em Berlim se fala em pavilhões públicos nos meses de frio para acolher as pessoas que não tenham meios para assegurar o aquecimento das suas casas.

Os aparelhos de alimentação elétrica não são a solução avisam as autoridades: as redes elétricas não aguentariam a sobrecarga. Além disso, o encargo financeiro adicional de aquecer um apartemento de 100 metros quadrados com recurso a radiadores elétricos seria na ordem dos quatro mil euros para um inverno normal, alertam os especialistas em consumo.

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