Aquecedores elétricos esgotam na Alemanha

Com a temperatura a atingir valores recorde este Verão, na Alemanha a população prepara-se para o próximo inverno. O receio de faltar a principal fonte energética dos aquecimentos domésticos - o gás vindo da Rússia mas que esta poderá deixar de fornecer - está a levar muitos alemães a compras de pânico de radiadores de calor eléctricos. O medo do frio, que ainda há-de vir, já levou os stocks a entraram em ruptura.
Os comerciantes tanto do comércio local, como das grandes superfícies e cadeias de retalho queixam-se que não têm sequer previsões quanto ao reabastecimento e que não conseguem resposta dos seus fornecedores.
Seis meses depois da invasão da Ucrânia pelo exército russo, em pleno verão, muitos alemães temem o general inverno. Depois de ter sido travada a entrada em funcionamento do gasoduto Nord Stream 2, a Rússia reduziu o gás do Nord Stream1 para 20% do fornecimento habitual, alegando não poder assegurar o seu regular funcionamento por causa das sanções decretadas.
O tema tem marcado a agenda noticiosa alemã e até em Berlim se fala em pavilhões públicos nos meses de frio para acolher as pessoas que não tenham meios para assegurar o aquecimento das suas casas.
Os aparelhos de alimentação elétrica não são a solução avisam as autoridades: as redes elétricas não aguentariam a sobrecarga. Além disso, o encargo financeiro adicional de aquecer um apartemento de 100 metros quadrados com recurso a radiadores elétricos seria na ordem dos quatro mil euros para um inverno normal, alertam os especialistas em consumo.