Primeira embarcação com cereais ucranianos partiu de Odessa na segunda-feira, passou pelo Estreito de Bósforo e seguiu em direção ao Líbano.
As autoridades ucranianas comunicaram hoje a partida do porto de Chornomorsk, na região de Odessa, de três navios com mais de 58 mil toneladas de cereais, com destino à Turquia, Reino Unido e Irlanda.
O primeiro anúncio tinha sido feito pelo ministro da Defesa turco, Hulusi Akar. Akar revelou também que um navio vazio deverá rumar à Ucrânia, depois de ser devidamente inspecionado, em Istambul. O governante turco adiantou que manteve conversações com os ministros ucranianos da Defesa e das Infraestruturas sobre as exportações de cereais.
Esta quinta-feira, o secretário-geral da ONU reconheceu que os acordos de Istambul ajudaram a estabilizar os mercados.António Guterres explicou que "as negociações que levaram aos acordos alcançados em Istambul no mês passado tiveram um impacto progressivo nos mercados globais, reduzindo os preços dos alimentos e fertilizantes, próximos dos níveis em que estavam antes da guerra, níveis que já eram substancialmente altos.
Entretanto, o primeiro barco, o Razoni segue em direção ao Líbano, onde deve chegar no próximo domingo de manhã. Na quarta-feira, uma equipa de inspeção civil conjunta passou três horas a verificar a carga e a tripulação do navio com bandeira da Serra Leoa, que deixou Odesa na segunda-feira com milho ucraniano.
A Rússia e a Ucrânia assinaram acordos separados com a Turquia e as Nações Unidas de forma a permitir que a Ucrânia conseguisse exportar 22 milhões de toneladas de cereais e outros produtos agrícolas que ficaram retidos nos portos do Mar Negro devido à invasão da Rússia.
Nestes acordos ficou também estabelecido que a Rússia possa exportar cereais e fertilizantes.
As remessas vão permitir começar a dar algum alívio às carências alimentares causadas pelos entraves da Rússia às exportações da Ucrânia..