Zelenskyy acusa Amnistia Internacional de "amnistiar" a Rússia

Agentes da comissão de investigação inspecionam uma área bombardeada onde jaz um corpo sem vida coberto, na região separatista de Donetsk, Ucrânia
Agentes da comissão de investigação inspecionam uma área bombardeada onde jaz um corpo sem vida coberto, na região separatista de Donetsk, Ucrânia Direitos de autor AP/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved
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Organização publicou um relatório onde acusa a Ucrânia de estar a colocar civis em perigo desnecessário com as suas táticas militares para combater a invasão russa.

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O relatório da Amnistia Internacional a acusar a Ucrânia de colocar civis em perigo desnecessário foi recebido com estrondo em Kiev. O presidente Volodymyr Zelenskyy não gostou que a organização tenha denunciado táticas militares ucranianas que estabelecem bases militares em zonas residenciais e lançam ataques a partir de áreas habitadas por civis e, esta quinta-feira, deu a conhecer a sua resposta no habitual vídeo diário. 

O chefe de Estado ucraniano acusa a Amnistia Internacional de tentar "amnistiar" a Rússia e de estar a transferir a responsabilidade do agressor para a vítima, alegando que "não pode haver, mesmo que hipoteticamente, nenhuma condição em que qualquer ataque russo à Ucrânia se torne justificado".

De acordo com Zelenskyy, "ao publicarem esses relatórios manipulativos, estão a partilhar com eles a responsabilidade pela morte de pessoas".

Alianças em África

Em busca de novos aliados, Zelenskyy tenta agora abrir a porta da neutralidade africana. O continente, afirma, "está refém" de um "excedente de propaganda russa" e o objetivo é "alterar este equilíbrio".

O presidente ucraniano está em negociações com a Guiné-Bissau e revela que, esta sexta-feira, o diálogo se estende a "outro país africano".

Depois do périplo de Sergei Lavrov por África, no final de julho, Zelenskyy quer bater as ofertas do ministro russo dos Negócios Estrangeiros e garantir apoio internacional. 

Em troca, garante, a Ucrânia tem um papel a desempenhar na mitigação da crise alimentar que assombra particularmente o continente.

Todos os dias e de várias maneiras, lembro a alguns líderes da União Europeia que os pensionistas ucranianos, os nossos deslocados, os nossos professores e outras pessoas que dependem de pagamentos orçamentais não podem ser reféns da sua indecisão ou burocracia. 8 mil milhões de euros para a Ucrânia estão atualmente suspensos. E um tal atraso artificial da assistência macrofinanceira ao nosso Estado ou é um crime, ou um erro, e é difícil dizer o que é pior em tais condições de uma guerra em grande escala
Volodymyr Zelenskyy
Presidente da Ucrânia

Atrasos da UE alvo de críticas

Também a União Europeia (UE) mereceu umas palavras do líder ucraniano. Com 8 mil milhões de euros por receber, Zelenskyy acusa ainda um país europeu de estar a atrasar a assistência macrofinanceira, mas não diz qual. E antes de apontar o dedo, afirma acreditar que "o erro será corrigido".

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