Primeiro-ministro grego afasta-se do escândalo que já provocou duas demissões no governo de Atenas
O primeiro-ministro grego garante que “não teve conhecimento” das escutas ao líder do segundo maior partido da oposição (PASOK), o socialista Nikos Androulakis.
Através de um discurso ao país transmitido pela televisão, Kyriakos Mitsotakis disse que o que aconteceu “pode estar em concordância com o espírito da lei, mas foi errado” e insistiu que não teria permitido esta ação se estivesse informado.
As declarações de Mitsotakis acontecem três dias depois de um escândalo na Grécia sobre escutas telefónicas, que implicou a demissão do chefe dos serviços nacionais de informações e do secretário-geral do gabinete do primeiro-ministro.
No discurso desta segunda-feira, Mitsotakis explicou que os telemóveis de Nikos Androulakis, que concorreu à liderança do PASOK, foram colocados sob "vigilância legal" entre setembro e dezembro do ano passado, durante o período de eleições no partido.
Para o primeiro-ministro, “mesmo que tudo tenha acontecido legalmente, foi politicamente inaceitável”.
Mitsotakis prometeu alterações nos serviços nacionais de informações, incluindo um maior controlo parlamentar, e mudanças internas para garantir mais transparência e controlo.