Rússia acusa Ucrânia de colocar Zaporíjia em perigo

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Rússia acusa Ucrânia de colocar Zaporíjia em perigo Direitos de autor AP/Copyright 2022 The Associated Press. All rights reserved.
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De  Bruno Sousa
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Volodymyr Zelenskyy diz que quem usa a central de Zaporíjia como escudo é um alvo das Forças Armadas ucranianas

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A Rússia acusou a Ucrânia de colocar em risco a central nuclear de Zaporíjia e divulgou imagens descritas como os danos causados por um ataque ucraniano à central hidroelétrica de Kakhova.

De acordo com o Kremlin, os danos causados à produção de eletricidade e aos sistemas de descargas podem afetar consideravelmente os sistemas de arrefecimento dos reatores de Zaporíjia.

A maior central nuclear da Europa está há muito nas mãos dos russos e para Volodymyr Zelenskyy, qualquer soldado russo que dispare sobre as suas instalações ou as utilize como escudo, se torna imediatamente num alvo especial para as forças armadas da Ucrânia.

A população local está preocupada. Em Vyshchetarasivka, localidade que vê a central nuclear na margem oposta do Dnipro, Anastasiya Rudenko sabe bem o que é a ameaça nuclear. O seu marido foi um dos 600 mil "liquidadores" que sacrificaram a vida para tentar conter a tragédia de Chernobyl. Diz que o que está a acontecer "não é nada bom" e receia pelo futuro, uma vez que ninguém sabe como é que isto vai acabar.

Viktor Shabanin, outro habitante de Vyshchetarasivka, sublinha que "as pessoas estão nervosas, a central nuclear é aqui perto... o vento sopra frequentemente na nossa direção, por isso a radiação vai chegar aqui imediatamente e vai também contaminar a nossa água."

O Presidente ucraniano convidou ainda os russos a manifestarem-se, dizendo que quando o mal atinge um determinado nível, o silêncio da população torna-a cúmplice:

"Não interessa onde estão, no território da Rússia ou no estrangeiro, a vossa voz deve ouvir-se a favor da Ucrânia e contra a guerra."
Volodymyr Zelenskyy
Presidente da Ucrânia

O líder ucraniano espera que os seus apelos sejam ouvidos, como aconteceu na procura de uma solução para a crise dos cereais. Esta segunda-feira mais seis cargueiros receberam autorização do centro de coordenação para passar no corredor humanitário do Mar Negro com cereais ucranianos.

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