AIEA vai enviar missão à central de Zaporíjia

Central nuclear é controlada pelas forças invasoras russas
Central nuclear é controlada pelas forças invasoras russas Direitos de autor ِAFP Video
Direitos de autor ِAFP Video
De  euronews com Lusa
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Agência Internacional de Energia Atómica anuncia que vai enviar, o mais rápido possível, missão de especialistas para a central nuclear de Zaporíjia

PUBLICIDADE

A Agência Internacional de Energia Atómica anunciou que vai enviar uma missão de especialistas “o mais rápido possível” para a central nuclear de Zaporíjia, na Ucrânia, e pediu “contenção máxima” por parte de Kiev e Moscovo.

Rafael Grossi, diretor-geral da agência nuclear das Nações Unidas, reconheceu a disposição dos russos e ucranianos a aceitarem a chegada de uma tal missão à central nuclear.

Salientou no entanto que espera agora que essa manifestação permita que uma missão da AIEA chegue à maior central nuclear da Europa, segundo uma publicação publicada na rede social Twitter.

O anúncio ocorreu após o presidente russo Vladimir Putin ter aceitado que uma missão da agência passe pela Ucrânia, após uma conversa com o homólogo francês Emmanuel Macron, na sexta-feira.

Este sábado, o chefe de Estado gaulês afirmou que a Rússia lançou um "ataque brutal" à Ucrânia, numa violação imperialista e revanchista do direito internacional. Macron fez os comentários durante uma cerimónia que assinalou o 78º aniversário dos desembarques Aliados na Provença ocupada pela Alemanha Nazi durante a Segunda Guerra Mundial.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, afirma que "os diplomatas ucranianos, os parceiros, representantes da ONU e da AIEA (Agência Internacional de Energia Atómica) estão a trabalhar nos pormenores específicos da missão a enviar para a Central Nuclear de Zaporíjia. Com esta missão, a segurança completa na ZNPP (Central Nuclear de Zaporíjia) e na Enerhodar pode ser restaurada." Zelenskyy diz estar "grato a todos os que se juntaram a este trabalho e iniciativa. Se a extorsão russa com radiação continuar, este verão poderá ficar na história dos países europeus como um dos mais trágicos de todos os tempos".

Numa visita ao porto de Odessa, o Secretário-Geral das Nações Unidas renovou o apelo à desmilitarização da Central Nuclear de Zaporíjia, ocupada pelas forças invasoras russas. António Guterres sublinhou que a a eletricidade produzida pela central pertence à Ucrânia e que é necessário evitar uma catástrofe nuclear.

Guterres disse, ainda, que "o secretariado da ONU na Ucrânia tem a capacidade, logística e de segurança para apoiar a AIEA, se necessário, para se deslocar de Kiev para Zaporíjia."

Entretanto, os Estados Unidos da América anunciaram um novo pacote de apoio militar à Ucrânia superior a 770 milhões de euros.

Segundo a Casa Branca, no novo lote estão incluídos, os drones de vigilância Scan Eagle, veículos resistentes a minas, munições anti-armamento e armas howitzer.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Central de Zaporíjia "totalmente desligada"

Rússia acusa Ucrânia de colocar Zaporíjia em perigo

Ucrânia apela à desmilitarização da central nuclear de Zaporijia