Ano marcado por profunda crise humanitária e forte regressão nos direitos das mulheres
Os talibãs sairam à rua em Cabul para marcar o primeiro aniversário do regresso ao poder no Afeganistão, depois de um ano marcado por uma forte regressão nos direitos das mulheres e uma profunda crise humanitária.
As principais manifestações concentraram-se em frente à antiga embaixada dos Estados Unidos.
Zarghun Ammar, funcionário dos serviços secretos do regime talibã:"Estamos muito contentes por derrotar os Estados Unidos. Os que fugiram para o estrangeiro, médicos e engenheiros que trabalhavam para o anterior regime, devem voltar para o país, porque serão recebidos de braços abertos pelo Emirado Islâmico. Precisamos deles."
Aminnullah Saiful Omar, funcionário do ministério da Defesa talibã:"Estou muito contente por estar aqui a celebrar a independência e a derrota dos Estados Unidos e dos seus escravos, em frente à embaixada norte-americana. Estou tão contente que nem consigo expressar-me corretamente."
Num dia decretado como feriado pelo regime talibã, as agências humanitárias mostram-se particularmente alarmadas com o facto de metade dos 38 milhões de habitantes do Afeganistão viverem numa situação de pobreza extrema.
E o quotidiano é particularmente preocupante para a população feminina, cada vez mais confrontada com as restrições de um regime guiado por uma interpretação ultrarigorosa e fundamentalista do Islão.