A sinergia entre empresas e universidades no Parque Científico de Hong Kong

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O parque científico de Hong Kong favorece a colaboração entre empresas e universidades para desenvolver novas tecnologias.

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O Parque de Ciência e Tecnologia de Hong Kong integra empresas e universidades que trabalham em conjunto para promover a inovação nas áreas da saúde, da Inteligência Artificial e da Robótica.

 A criação de um teste biomarcador a partir de uma amostra de sangue para a doença de Alzheimer é um dos projetos que está a ser desenvolvido no Parque Científico de Hong Kong, em parceria com o University College of London e a Universidade de Stanford.

Um teste de sangue para a doença de Alzheimer

“É um projeto que suscita muito entusiasmo, porque ilustra o poder da colaboração entre as três instituições. Com o envelhecimento da população mundial, a prevalência de doenças neurodegenerativas tem aumentado substancialmente. O Parque Científico de Hong Kong deu-nos a infraestrutura necessária para a inovação tecnológica. E as startups biotecnológicas, podem tirar partido das sinergias, ao interagirem nesse parque científico", disse à euronews Nancy Ip, diretora da Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong e chefe do Centro de Doenças Neurodegenerativas.

Tecnologia vestíveis para fisioterapia e desporto

O Centro de Inteligência Percetual e Interativa, da Universidade Chinesa de Hong Kong, está a trabalhar num projeto que visa desenvolver tecnologias vestíveis.

"Podemos usá-las na fisioterapia, no desporto, em treinos desportivos para atletas. Os sensores estão embutidos na roupa e podem ser utilizados para medir os movimentos do atleta", explicou Helen Meng, diretora do centro.

Hong Kong pode desempenhar um papel importante na introdução de tecnologias na China e na zona do Sudeste Asiático.
Albert Wong, presidente da Hong Kong Science and Technology Parks Corporation

No âmbito do ecossistema de startups de Hong Kong, uma empresa francesa concebe ferramentas para a investigação biológica de vanguarda.  “As nossas linhagens celulares são células que se encontram nos dispositivos que servem para desenvolver vacinas. São usadas para testar a resposta imunológica após a vacina", explicou Xiaobing Li, chefe de departamento comercial da empresa InvivoGen, em Hong Kong.

Para desenvolver a tecnologia, foi preciso usar um citómetro de fluxo.  Trata-se de "um aparelho que pode custar meio milhão de euros, e que nos foi fornecido pelo parque científico", frisou o reponsável.

Planos para o futuro do Parque Científico de Hong Kong

A Hong Kong Science and Technology Parks Corporation integra mil empresas. Após vinte anos de atividade, a instituição tem planos para o futuro.

“Precisamos de crescer exponencialmente, fortalecer os nossos pontos fortes, a investigação básica e o acesso aos mercados. Toda a minha vida trabalhei em multinacionais e principalmente em empresas ocidentais. Passei vários anos numa empresa muito grande. Trabalho em fusões e aquisições e gestão de empresas. O ponto em comum é que há recursos limitados e é preciso tirar o máximo proveito desses recursos", afirmou Albert Wong, presidente da Hong Kong Science and Technology Parks Corporation.

“Apostamos em laboratórios eletrónicos e biomédicos, dados, robótica, e Inteligência Artificial. Graças aos laboratórios virtuais, não é preciso comprar todo um conjunto de equipamentos caros, é possível começar logo a desenvolver a tecnologia", acrescentou o responsável.

Hong Kong é visto como uma plataforma para a introdução de tecnologias na China e na zona do Sudeste Asiático. "São 80 milhões de habitantes numa zona onde se vai de uma ponta à outra em uma ou duas horas. É uma enorme oportunidade. Hong Kong pode desempenhar um papel importante na introdução de tecnologias na China e na zona do Sudeste Asiático", sublinhou Albert Wong.

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