Em causa está resolução aprovada pelo Parlamento Europeu a condenar a construção de um oleoduto entre os dois países
Uma "atitude neocolonial", contra a soberania da Tanzânia e do Uganda. É a leitura que os dois países fazem da resolução aprovada, na semana passada, no Parlamento Europeu, a condenar a construção de um oleoduto entre ambos.
A construção reúne vários parceiros, incluindo empresas estatais da Tanzânia e do Uganda, a multinacional francesa Total Energies e a gigante petrolífera China National Offshore Oil Corporation.
Foi lançada em fevereiro e, se tudo correr bem, o oleoduto, que será o mais longo do mundo, deve estar pronto até 2025.
Mas são muitas as críticas que vão desde a violação dos direitos humanos, ao impacto ambiental e ameaça de ecossistemas protegidos. Estima-se, também, que mais de cem mil pessoas possam ser deslocadas.
A pressão pública sobre empresas como a TotalEnergies tem vindo a aumentar.
O presidente do Uganda garante que a população não tem com que se preocupar e que os lucros do petróleo podem beneficiar milhões de pessoas.
O assunto ainda promete fazer correr muita tinta.