Na Rússia a mobilização continua, assim como as detenções das pessoas que protestam. Os tártaros estão a fugir da Crimeia para não serem mobilizados
O Ministério da Defesa russo divulgou este domingo, 25 de setembro, um vídeo que, alegadamente, mostra cidadãos e voluntários mobilizados a chegar a uma unidade militar em Kaliningrado.
Segundo o ministério, oficiais na reserva com experiência de combate em várias guerras vêm voluntariamente aos gabinetes militares.
Alexander Mamchur, oficial na reserva afirma: "Não me vou esconder atrás de ninguém. Eles chamaram, por isso vamos embora".
Enquanto isso, os tártaros estão a fugir da Crimeia porque não querem lutar contra o seu próprio país e matar ucranianos.
80% das convocatórias na Crimeia foram dirigidas aos tártaros. Ativistas dos Direitos Humanos da organização "Crimea SOS" afirmam que a mobilização dos tártaros da Crimeia pode levar a um genocídio.
Em Yakutsk, na Sibéria, centenas de manifestantes reuniram-se numa praça central da cidade este domingo, para protestar contra a mobilização.
Os manifestantes realizaram uma dança tradicional do círculo Yakut conhecida como "osuokhai" e cantaram "Não ao genocídio".
O media local SakhaDay partilhou imagens de várias pessoas a serem detidas e levadas de autocarro.
No sábado, a polícia prendeu mais de 700 manifestantes em cidades de toda a Rússia.
Em protestos anteriores, na semana passada, tinham sido detidos pelo menos mais 1300.