Europride em Belgrado: "Quem são os que nos ameaçam? A nossa marcha é pacífica"

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De  Valérie Gauriateuronews
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Debaixo de chuva e de muita tensão, o Europride 2022 decorreu em Belgrado, capital da Sérvia. Uma estreia no sudeste da Europa.

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Debaixo de chuva e de muita tensão, o Europride 2022 decorreu em Belgrado, capital da Sérvia. A reunião europeia anual dos que lutam pelos direitos da comunidade LGBT suscitou, mais do que nunca, a fúria dos tradicionalistas.

No dia 11 de Setembro de 2022, milhares de pessoas protestaram em Belgrado após o apelo da Igreja Ortodoxa. Empunhavam símbolos e bandeiras russas para protestar contra a realização do Europride, o encontro europeu anual da comunidade LGBT, na capital sérvia. Uma estreia nos Balcãs e no Sudeste da Europa.

“Esta manifestação é anti-cristã e anti-família. É totalmente contrária aos nossos valores familiares tradicionais, e ofende a moralidade pública”, afirmou à euronews, Bosko obradovic, líder do partido ultraconservador Dveri.

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Manifestação convocada pela Igreja Ortodoxa contra a organização do Europride em Belgradoeuronews

"Admito que não tenham muitos direitos"

No primeiro dia do EuroPride, em Belgrado, os participantes ficaram a saber que as autoridades tinham proibido, por "razões de segurança",  a marcha do Orgulho, um dos momentos mais aguardados pelos militantes.

A primeira-ministra da Sérvia, Ana Brnabic, abertamente lésbica, tentou justificar a decisão das autoridades. "Dou o meu melhor para aumentar a visibilidade desta causa. Não me concedi mais direitos do que os direitos que vocês têm. Mas, admito que não tenham muitos direitos”, disse a chefe do governo da Sérvia, na abertura do evento.

Mas os participantes estavam determinados em defender os seus direitos. “Quem são os que nos ameaçam ? Por que é que eles não são proibidos? Por que nos proibem, a nós, de fazer uma marcha? A nossa marcha é pacífica. É mais uma degradação do Estado de direito, mais uma degradação dos nossos direitos humanos, uma degradação dos nossos direitos constitucionais. É por isso que temos de ir para a rua no sábado, dia 17. Temos de pôr fim a esta situação!”, sublinhou Marko Mihailovic, diretor do Europride Belgrado.

Clique no vídeo para ver a nossa reportagem completa em Belgrado.

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