Ali Khamenei acusa EUA e Israel de planearem a revolta no Irão

Ayatollah Ali Khamenei, líder supremo do Irão
Ayatollah Ali Khamenei, líder supremo do Irão Direitos de autor Office of the Iranian Supreme Leader via AP
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O Ayatollah disse que os que protestam são uma minoria, que precisam de ser "disciplinados e guiados" e acusou os EUA e Israel de planearem a revolta

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Foi a homenagear os polícias mortos nos protestos que duram há três semanas em todo o Irão, que o líder supremo da República Islâmica quebrou o silêncio sobre a onda de violência no país.

O Ayatollah Ali Khamenei disse que os que protestam "são uma minoria" e precisam de ser "disciplinados e guiados", e acusou os arqui-inimigos americanos e israelitas de estarem por detrás da revolta que o país tem vivido.

"Quem é que planeou isto? [os protestos]. Eu digo que é claro que o planeamento foi feito pela América, o falso regime sionista usurpador, assim como os seus agentes pagos, com a ajuda de alguns iranianos traidores no estrangeiro", afirmou.

As manifestações que eclodiram no Irão na sequência da morte da jovem curda Mahsa Amini rapidamente se transformaram em apelos ao fim do regime clerical que dirige o país desde a revolução islâmica de 1979.

O regime mantém a repressão. Esta segunda-feira foram enviadas unidades de polícia de choque para todas as universidades do país, que se têm tornado em importantes centros de protesto.

Desde 17 de setembro, já morreram dezenas de pessoas e milhares foram detidas.

A televisão estatal iraniana informou que pelo menos 41 manifestantes e polícias foram mortos desde o início das manifestações a 17 de setembro e mais de 1.500 foram presos, mas algumas ONG´s falam em cerca de uma centena de mortos e vários milhares de detidos.

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