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Amazónia em risco com maioria conservadora no congresso brasileiro

Stefanie Palma, Euronews
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De  Stefanie Palma Guerreiro
Publicado a Últimas notícias
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Paulo Rangel, Eurodeputado do Partido Popular Europeu e Marcio Astrini, do Observatório do Clima, no Brasil, deram a sua opinião sobre a composição do novo congresso.

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Lula da Silva e Jair Bolsonaro avançaram para a segunda volta das eleições presidenciais no Brasil. Um deles vai ser eleito a 30 de outubro.

Seja qual for o escolhido, muito do futuro do Brasil nos próximos quatro anos já está decidido porque, no passado dia 02 de Outubro, os brasileiros escolheram também a composição do Congresso Nacional, que é agora o mais conservador de sempre. O partido de extrema-direita de Jair Bolsonaro tornou-se na maior força política, tanto na Câmara dos Deputados, como no Senado.

Jair Bolsonaro não deixou de evidenciar este resultado positivo nas redes sociais.

Embora a maior representacão no congresso deva ser relativizada, dado o grande número de partidos lá representados…Certo é que este resultado evidencia o desaparecimento da direita moderada e a força do movimento radical de Jair Bolsonaro, que vai continuar a ter, a partir de 2023, muita influência.

Questões como os direitos das minorias ou a ecologia arriscam-se, por isso, a perder ainda mais relevância. E já, nos últimos anos, a questão ambiental tem sido um pomo de discórdia entre o Brasil e a União Europeia.

Paulo Rangel, eurodeputado do partido popular europeu, a maior bancada no hemiciclo de Estrasburgo, perspetiva um congresso brasileiro pouco preocupado com o ambiente.

"[É] um congresso bastante conservador, com este tipo de caraterísticas, que são um pouco negacionistas. Nós vimos isso com a Covid, mas também com as alterações climáticas. Eu acho que é muito pouco propício, muito pouco favorável a que uma política ambientalmente responsável seja adotada relativamente à Amazónia. E, portanto, também aí, eu acho que as nuvens estão carregadas", salientou, em entrevista à Euronews:

No Brasil, também Márcio Astrini, Secretário-Executivo do Observatório do Clima, antecipa um céu pouco clemente.

"A nova composição do congresso no Brasil é extremamente preocupante. Nós sempre tivemos um congresso que colocou em risco a proteção ambiental, especialmente a proteção da Amazónia, mas o que vimos nesta eleição é que tem um congresso mais radical, com pessoas que representam claramente uma agenda contra a proteção da floresta.", defendeu.

Quer seja Jair Bolsonaro ou Lula da Silva o próximo presidente da República do Brasil, esta escolha será decisiva, uma vez que o próximo Chefe de Estado poderá apoiar ou, por outro lado, contrariar a política ambiental que o Congresso Nacional decidir adotar.

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