Número recorde de incêndios na Amazónia

Incêndio perto de Porto Velho, capital do estado da Rondónia
Incêndio perto de Porto Velho, capital do estado da Rondónia Direitos de autor Porto Velho Firefighters HANDOUT/EPA
De  euronews
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Brasil regista mais de 33 mil incêndios na Amazónia, no mês de agosto. O pior número dos últimos 12 anos

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A Amazónia brasileira registou, em agosto, o maior número de incêndios dos últimos 12 anos.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, no mês passado registaram-se 33.116 fogos no Brasil.

O número de fontes de calor medido pelos satélites daquele órgão, ligado ao Governo brasileiro, foi 16,7% superior ao medido no mesmo período do ano passado e é cerca de 25,9% superior à média registada pelo instituto desde 1998.

A Greenpeace Brasil alerta que este aumento não está circunscrito ao mês de agosto.

O porta-voz da organização, Rómulo Batista, afirma que "o primeiro semestre deste ano, foi o maior em número de alertas de desflorestamentos dos últimos 15 anos. De janeiro até agosto, deste ano, as queimadas aumentaram 18% em relação ao ano passado."

Durante dias, a cidade de Porto Velho, a capital do Estado de Rondónia, acordou mergulhada numa nuvem de fumo

Uma jovem brasileira refere as queimadas em 2022 "foram pesadas". Os dias amanheciam "extremamente nublados de fumaça, o sol bem vermelho, dias muito quentes... Era horrível!", exclama.

Os ambientalistas atribuem a devastação ao presidente Jair Bolsonaro que, desde que assumiu o poder, em 2019, flexibilizou a exploração da floresta da Amazónia assim como o fim da demarcação de novas reservas indígenas.

Recorde-se que, de acordo com um estudo feito pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazónia (IPAM), publicado em fevereiro, a desflorestação da Amazónia cresceu cerca de 57% durante o Governo de Bolsonaro. O documento indica que mais da metade (51%) da desflorestação dos últimos três anos ocorreu em terras públicas. 83% foi em áreas de domínio federal. Parte da destruição ocorreu perto das estradas federais que atravessam o norte do estado de Mato Grosso e o oeste do estado do Pará.

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