Projeto luso casa herança têxtil e expressão artística

Juntar tradição e inovação, educar pela cultura e pelas artes plásticas, assim se pode descrever o projeto "Tear - Territórios Artísticos" que o coletivo "A Casa ao Lado" trouxe à localidade francesa de Givors.
A interligação entre Direitos Humanos e evolução da indústria têxtil foi o mote das oficinas realizadas em 2021 com crianças e jovens e que resultaram nas peças agora expostas. Nos arredores de Lyon estiveram patentes 98 dos 362 trabalhos realizados em Portugal.
"Vila Nova de Famalicão é uma importante cidade têxtil, com muitas empresas que trabalham na inovação, e queríamos de alguma forma retratar isso num trabalho artístico", explica Joana Brito, da dupla mentora do projeto.
O desafio agora lançado aos estudantes de Givors assenta nos binómios Homem-Natureza e Homem-Máquina.
Ricardo Miranda, de A Casa ao Lado, destaca o facto de "os jovens perceberem que estão a fazer um trabalho que vai ser executado com crianças mais pequenas e que elas também podem participar com eles, portanto, e este estímulo de comunidade e de criação conjunta é muito interessante."
As oficinas terminaram mas o trabalho continua nas salas de aula. Quando os jovens concluírem as suas obras, os desenhos são digitalizados e depois estampados para serem expostos no próximo ano deste projeto bienal.