Anúncio sobre Starlink feito por governante ucraniano à margem da Web Summit
Para ver a realidade com outros olhos, a tecnologia pode tornar-se numa ajuda essencial. O uso que se faz dela é toda uma outra história e é precisamente isso que se debate na Web Summit de Lisboa.
Numa altura em que Elon Musk falou em custos elevados e pôs em causa continuar a oferecer à Ucrânia o acesso ao Starlink, a rede de satélites que permite a Kiev comunicar, a resposta surgiu aqui.
"O Starlink é crucial para as comunicações dos serviços públicos essenciais: cuidados médicos, setor energético, empresas estatais e organizações. Elon Musk disse-me pessoalmente que vai continuar a ajudar a Ucrânia e fornecer o acesso ao Starlink", declarou à margem da conferência Mykhailo Fedorov, vice-primeiro-ministro da Ucrânia.
Mark MacGann também já fez a sua escolha. É o homem por detrás dos chamados Uber Files, a fuga de informação interna com que acusa a plataforma de transporte de influenciar líderes políticos, como Emmanuel Macron, para manter os trabalhadores em situações precárias.
"Até agora, a única coisa que a Comissão Europeia e a Comissão de Comércio americana podiam fazer era aplicar multas pesadas a estes gigantes tecnológicos. Mas para eles são trocos. Os comportamentos não mudaram, olhem para o Zuckerberg, para o Meta. Quando as empresas se tornam tão grandes e ricas passam a ser ingovernáveis, impossíveis de regular. É muito perigoso para a sociedade", considera o denunciante da Uber.
Outros temas sociais fraturantes, como as migrações, foram trazidos por participantes como a rainha Rania da Jordânia, que falou na importância de inovar em termos de "compaixão coletiva".