António Costa diz que África precisa de ajuda na luta pelo Clima

"A emergência climática é uma crise que nos afeta hoje e o drama da guerra na Ucrânia não pode desviar-nos da urgência da resposta ao desafio das alterações climática". Palavras do Primeiro-ministro português na Conferência do Clima, esta terça-feira.
António Costa afirmava perante a COP27 que as "consequências desta guerra" têm demonstrado a necessidade de "acelerar a transição energética e diminuir a dependência dos combustíveis fósseis"
O chefe do executivo português lembrou questões muitas vezes esquecidas: o papel dos oceanos como regulador climático e o impacto dos incêndios, mas também da desflorestação, nas emissões de CO2, felicitando o próximo Presidente do Brasil, Lula da Silva, por se comprometer a reverter as medidas que punham em causa a sobrevivência da Amazónia.
Costa lembrou a aposta de Portugal nas energias renováveis, iniciada há 15 anos, uma segurança para o país "menos dependente" do ponto de vista energético.
A ambição de Portugal é passar de importador de energias fósseis para exportador de energia verde. Mas para lá das ambições há responsabilidades que têm de ser partilhadas:
Desafios sublinhados também pelo presidente cabo-verdiano. A pegada ecológica do continente africano, e de Cabo Verde em particular, é menor que a de outros continentes, e países, ainda assim é um dos mais vulneráveis às consequências das alterações climáticas. O que levou José Maria Neves a apelar "à comunidade internacional" para considerar a "possibilidade de transformar a dívida dos pequenos estados insulares", países em vias de desenvolvimento, "em investimento climático, na Educação, na Saúde e na luta contra a pobreza e as desigualdades".