Pelo menos sete pessoas foram condenadas à morte pela participação nos protestos que se registam no país desde 16 de setembro, após a morte de Mahsa Amini.
As autoridades iranianas executaram o primeiro manifestante detido durante os recentes protestos no país.
De acordo com a imprensa estatal, Mohsen Shekari foi considerado culpado pelo Tribunal Revolucionário de Teerão de realizar a "guerra contra Deus" e por "espalhar a corrupção na Terra", duas acusações consideradas delitos contra o Islão e a segurança pública nacional.
O Irão jácondenou pelo menos sete pessoas à pena de morte por terem participado nos protestos que abalam o país desde 16 de setembro, após a morte de Mahsa Amini, uma jovem de 22 anos que foi detida pelas autoridades iranianas por alegada violação das regras de utilização do véu islâmico..
As autoridades judiciais do país já tinham anunciado, na segunda-feira, que iriam ser executados em breve alguns dos condenados à morte por participação nas manifestações contra o regime.
Gholamhosein Mohseni Ejei, responsável pelo poder judicial do Irão, afirmou no início desta semana que foram confirmadas por instâncias superiores algumas das condenações à morte de manifestantes acusados de "corromperem a terra" e de estarem em "guerra contra Deus".
Outros detidos enfrentam também uma possível pena de morte pelo envolvimento nas manifestações, que começaram como um protesto contra a polícia iraniana da moralidade e se expandiram para um dos mais sérios desafios à teocracia iraniana desde a Revolução Islâmica de 1979.